“Você tem que saber responder a essa pergunta: se você morresse agora, como você se sentiria a respeito da sua vida? ” (Filme Clube da Luta)
Eu sou uma cinéfila confessa. Considero a sétima arte absolutamente sublime. O cinema fez parte da minha formação: meu trabalho de conclusão de curso em psicologia foi uma análise psicossocial do fenômeno suicídio no filme “As Horas“, no qual eu analisei o suicídio de Virginia Woolf. Como professora, considero filmes uma ótima ferramenta de auxílio para a compreensão de diversos conceitos. Os filmes não só nos divertem, mas são capazes de nos fazer refletir, favorecendo assim, novas formas de lidar com questões e conflitos do nosso cotidiano. Compartilho, então, algumas sugestões de filmes que nos convidam a uma reflexão sobre a temática da morte e do luto.
Morte: Morrer é tão somente terminar de viver.
Filme: “A Partida” (Departures – Yojiro Takita)
Daigo Kobayashi é um jovem trabalhador músico violoncelista, casado e desempregado, que retorna a sua cidade natal após a sua orquestra ter sido dissolvida. Ele consegue emprego numa pequena empresa de lavagem de defuntos que presta serviço para empresas funerárias. O novo emprego de Daigo irá lhe propiciar novas percepções sobre si e sobre sua vida. Interessante é que, no filme, é por meio desse trabalho que Daigo começa uma reflexão de cunho existencial sobre o sentido da morte e, consequentemente da vida. Para mim, um dos filmes mais belos que melhor ilustra os estigmas em torno do assunto.
Luto: Um processo que se inicia após o rompimento de um vínculo e estende-se até o período de sua elaboração – quando o indivíduo enlutado se volta, novamente, ao mundo externo. O luto é um processo essencial para que nós possamos nos reconstruir, nos reorganizar, diante do rompimento de um vínculo. É um desafio emocional, psíquico e cognitivo com o qual todos nós temos que lidar. Leia o post sobre luto em https://perdaseluto.com/2015/03/27/o-processo-de-luto/
Filme: “P.S. Eu te amo” (P.S. I Love You – Richard LaGravenese)

Holly Kennedy é casada com Gerry, um engraçado irlandês por quem é completamente apaixonada. Quando Gerry morre, a vida de Holly desmorona. Em profunda depressão, ela descobre com surpresa que o marido deixou diversas cartas que buscam guiá-la no caminho da elaboração do luto. Gosto desse filme, pois ele aborda um tema tão desconcertante – viuvez precoce – de uma forma equilibrada e leve.
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