Estou de luto: Meu animal de estimação morreu

“Um animal de estimação reflete o afeto que investimos numa relação que nos ensina a ser generosos e a exercitar a capacidade de cuidar” (Silvana Aquino)

Todos os seres vivos um dia irão morrer, portanto um dia você terá que dizer adeus ao seu animal de estimação. Infelizmente, a expectativa de vida dos animais, mesmo sendo eles muito bem tratados, é curta em relação ao tempo que o dono viverá. Por isso, é frequente os donos de animais de estimação terem que lidar com a morte de um ou mais animais ao longo da vida.

Os animais de estimação participam da vida cotidiana de várias famílias durante anos. Para muitas pessoas eles são verdadeiros companheiros, pois não criticam nem julgam; ajudam a amenizar o stress, pois estão sempre prontos para a brincadeira; e são uma fonte inesgotável de afeto e carinho, pois estão por perto, tanto nos momentos de alegria quanto nos momentos de tristeza. São por estas razões que as pessoas se apegam aos animais, criando laços profundos de afeição e amizade.

Elaborar a morte de um gato, cachorro, ou qualquer outro bichinho de estimação pode ser uma tarefa difícil. Estudos sobre as reações à perda de um animal de estimação mostram como é forte o apego desenvolvido. Usando o modelo da teoria de apego de Bowlby (citado em Archer, 1996), Parkes (citado em Archer, 1996) se referiu ao pesar de perder um animal de estimação como o custo de perder uma pessoa amada. O processo de luto envolve angústia, pensamentos e sentimentos que acompanham o lento processo mental de se despedir de uma relação estabelecida. Evidências sistemáticas indicam que há claros paralelos entre as variadas reações que as pessoas apresentam seguidamente à perda de um animal de estimação àquelas sentidas por uma perda de um relacionamento entre humanos (Archer, 1996). Provavelmente, você vivenciará as fases do luto, pois a dor da perda de um animal de estimação é a similar à dor causada pela perda de um ente querido, pois ocorre um rompimento de vínculo afetivo. (Bertelli, 2008).

Para Baydak, quando a perda está de acordo com as normas sociais, o luto individual é suportado pela rede social, o que facilita tanto o processo de luto quanto a coesão social. Quando isso não acontece, e a sociedade não reconhece e nem legitima o luto, as reações de estresse podem ser intensificadas, e os problemas relacionados ao luto podem ser exacerbados. Em caso de animais de estimação, normalmente frases como “Era só um cachorro…” mostram esse não reconhecimento. A morte do animal é tratada como um acontecimento trivial e de pouca importância. Baydak fala também que além do luto social não-autorizado existe o luto intrapsíquico não-autorizado. Nós internalizamos crenças, valores e expectativas sociais. Está implícito no comentário “Era só um cachorro…” que os animais não são dignos de luto e a noção de que há algo inerentemente errado com alguém que entra em processo de luto após a morte de um animal. Assim, quando um animal de estimação morre, muitos donos estão totalmente despreparados para a intensidade de seu luto, e ficam embaraçados e com vergonha dele. A sociedade tende a dar mais suporte à criança que perde um animal de estimação do que a um adulto. (Bertelli, 2008).

Eu tive a honra de entrevistar a Psicóloga Déria de Oliveira, uma estudiosa do assunto, sobre questões que permeiam este tema. Abaixo seguem os principais pontos da entrevista.

Por vezes os donos de animais de estimação sentem que não possuem “autorização” para chorar e se entristecerem pela morte de seu animal. Por que a nossa sociedade, em sua maioria, não considera que um indivíduo possa estar de luto pela morte de um animal de estimação? Este é um tipo de luto não autorizado?
O luto pela morte do animal de estimação, segundo Doka (1989) está na categoria dos lutos não autorizados, porque é uma perda não reconhecida pela sociedade. No entanto, os animais estão presentes em diversos arranjos familiares. Sendo assim, por que a perda do animal não teria passado a ser reconhecida pelas pessoas do mundo contemporâneo? A partir deste questionamento e de outros foi desenvolvida minha pesquisa para a tese de doutorado, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Helena Pereira Franco.
Dos 360 participantes que responderam à pesquisa disponibilizada na internet, 171 (47,5%) consideravam que o luto pelo animal é reconhecido pela sociedade e 189 (52,5%) responderam que a perda pela morte do animal não é aceita, porque para algumas pessoas o enlutado tem de ser comedido no luto e não pode deixar de comparecer aos seus compromissos laborais, escolares e outros.
O reconhecimento do luto do tutor do animal falecido, ou desaparecido, será facilitado se as pessoas que o cercam: a) forem empáticas; b) consideram o animal como integrante da família; c) formam ou formaram vínculo com um animal de estimação.

Em seu estudo, você se deparou com um dono de animal questionando-se sobre se ele tinha o direito de ficar de luto?
Sim. Foram realizadas entrevistas presenciais com seis enlutados, cujos animais tinham falecido há menos de 12 meses da data da entrevista. Dois entrevistados traziam muitas reflexões nesse contexto, pois estavam sofrendo muito pela morte do animal e as pessoas próximas diziam que não podiam ficar do jeito que estavam, ou seja, enlutados.

O processo de luto pela perda de um animal de estimação segue os mesmos padrões do processo pela morte de um humano? O dono do animal pode vivenciar as mesmas fases do luto?
Não diria que existe um padrão no processo de luto pela morte do ente querido, humano ou animal. Pode-se constatar que as reações tais como: negação, culpa, ansiedade de separação, raiva, entorpecimento, entre outras estão presentes em ambos os processos de luto, pois surgem diante da perda de um ser significativo; porém não ocorrem em uma sequência linear ou com presença obrigatória de todas as reações.

Quando um indivíduo vivencia uma perda que não é reconhecida ou socialmente apoiada ele pode vivenciar o luto complicado?
Sim, porque geralmente o suporte social é um fator de proteção para luto complicado. Os rituais de despedida que estão presentes na morte do ente querido humano são praticamente ausentes na morte do animal de estimação. E muitas vezes, o enlutado ainda tem de ouvir: “era só um cachorro” ou outro animal. Uma das entrevistadas, cujo animal tinha morrido quatro meses antes da data da entrevista, disse que seu coração doía de saudade. Somente o enlutado conhece o significado que o animal tinha em sua vida, apenas ele é capaz de saber o quanto está doendo o que foi perdido.

Quanto tempo o luto pela perda de um animal de estimação pode durar?
Não existe um tempo determinado, o luto pode durar dias, semanas, meses ou anos. Dependerá da relação que o tutor tinha com o animal, da interação da díade, se existia vínculo ou não; da história de vida do tutor em relação às perdas que precederam a do animal; da causa da morte do animal, entre outros fatores.

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O que fazer para amenizar a dor da perda?
É importante que o tutor reconheça a própria dor e busque apoio no seu grupo de convívio, no qual existe aceitação pela perda de animal. Aos poucos ele se reorganizará, com novas atividades e projetos, e, em alguns momentos de lembranças do animal falecido, poderá ter reações de pesar. Caso sinta necessidade, pode procurar também o atendimento psicológico.

Quando o animal está gravemente enfermo com uma doença sem possibilidade terapêutica de cura e a eutanásia é melhor opção, como lidar com a culpa?  Qual é a melhor forma de lidar com esse sentimento?
É recomendado que todas as dúvidas dos tutores fiquem esclarecidas pelo médico veterinário, antes de obter a autorização para a eutanásia, bem como seja permitida a presença dos tutores no momento do procedimento se eles desejarem. No entanto, estas condutas não garantem que os tutores não terão o sentimento de culpa. Uma das entrevistadas que passou por esse processo disse que foi a pior decisão de sua vida. Para Ross e Baron-Sorensen (2007), a opção pela eutanásia do animal pode ser a primeira vez que a pessoa considera a cessação da vida. A culpa pode estar presente mesmo que não tenha sido necessária a eutanásia. É uma das reações comuns diante da perda.
É difícil dizer qual a melhor forma de lidar com o sentimento de culpa de maneira generalizada, porque para cada díade tem uma questão singular do tutor, que costuma ser: “e se eu tivesse feito isso” ou “se eu não tivesse feito aquilo”. E, por fim, com frequência ele percebe que qualquer atitude em relação ao amado animal foi com o melhor dos propósitos. Algumas vezes, quando a autoacusação é constante e duradoura, com prejuízo das atividades, o atendimento psicológico é indicado.

Alguns escolhem ter um novo animal logo após a perda. Essa atitude ajuda na elaboração do luto?
Depende da condição que ocorre a aquisição. Se não for para evitar lidar com a perda, e se for por própria vontade do enlutado, é uma atitude positiva no processo de luto, que permitirá que o enlutado se dedique às atividades com o novo animal, fazendo comparações saudáveis com o animal falecido. A atitude é negativa se não for desejo do enlutado. Quando imposta por terceiros, o enlutado poderá fazer comparações no sentido de que o animal falecido era muito melhor do que o atual, com rejeição total ao novo animal e até abandono.

E quanto às crianças, elas devem participar e ajudar no funeral do animal de estimação?
É relevante que a criança participe dos rituais de despedida do animal. Mas a criança deve ser respeitada se não quiser estar presente. Para Zawistowski (2008), a morte do animal pode ser sua primeira experiência de morte e os pais precisam ser honestos, evitando-se dizer que o animal foi colocado para dormir – a criança poderá ficar com medo de dormir – ou que fugiu – porque ela poderá ficar pensando o que teria feito para o animal fugir.

Em sua tese de doutorado, que foi sobre este tema, quais foram as suas principais conclusões?
Mais da metade dos participantes considerava que o animal era integrante da família (56%) e que conviver com eles significava ter amor incondicional (51%).  Estas qualificações favorecem a formação de vínculos. Nesse contexto, o processo de luto pela morte do ente querido animal é autêntico e similar ao da morte do ente querido humano tanto nas reações de pesar, quanto nas formas de enfrentamento diante da perda.
A pesquisa on-line possibilitou a expressão de sentimentos em relação à perda do animal, apesar de não ser o objetivo do estudo para aquele momento; todavia com a falta de espaço que existe para o acolhimento dessa dor, tornou-se um instrumento que deu “voz” aos participantes. Alguns deles escreveram que se beneficiaram com a pesquisa e agradeceram. (Oliveira e Franco, 2015)
Sendo assim, o luto pela morte do animal de estimação, que não é considerado por muitas pessoas que não se vincularam com animais domésticos, também requer um olhar de reconhecimento da sociedade.

Você saberia nos informar se algumas clínicas veterinárias já oferecem suporte psicológico especializado para ajudar os donos a superar a perda?
Nos Estados Unidos, o oferecimento de suporte psicológico para os tutores enlutados, dentro das clínicas, hospitais veterinários e universidades é corriqueiro. No Brasil, pouquíssimos hospitais veterinários disponibilizam o atendimento com psicólogos dentro dos hospitais para os tutores de animais sem prognóstico de cura ou para ajudá-los a resgatar seus recursos para lidar com a morte do animal.

Como pudemos ver, a sociedade não oferece um espaço seguro para os donos de animais de estimação vivenciarem seu processo de luto. Felizmente, começam a ficar disponíveis alguns recursos para ajudar essas pessoas a perceberem que seu processo de luto é natural e merece ser validado. E nós como psicólogos, devemos sempre acolher este enlutado, independente de qual seja o contexto de sua perda, e oferecer-lhe escuta ativa e disponibilidade emocional para poder auxiliá-lo a ressignificar a perda sofrida.

Psic. Mestre em Cuidados Paliativos (M.Sc.)
Psic. Especialista em Perdas e Luto
Especialista em Psicologia Hospitalar
Psychotherapist Member of British Psychological Society (GMBPsS)
Blog Perdas e Luto (Instagram)

Livro à VendaAutora do Livro: Legado Digital: Conhecimento, Decisão e Significado – Viver, Morrer e Enlutar na Era Digital

Este post teve a colaboração da psicóloga Déria de Oliveira

Entrevistada: Déria de Oliveira – Bacharelado em Administração. Psicóloga, Mestre em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Especialista em Psicologia Hospitalar pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Pesquisadora voluntária do Projeto Pet Smile, terapia mediada por animais (2006-2010). Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto – LELu (2010-2013).

Referências:

Archer J. Why do people love their pets? Evolution and Human Behavior, v. 18; 1996. p. 237-259.

Baydak M.A. Human grief on the death of a pet. National Library of Canada, Faculty Social Work; 2000. University of Manitoba.
Bertelli I. O luto na morte de animais de estimação. Blog CientíficaMente. Ago/2008.

Casellato G. (Org.). O resgate da empatia: suporte psicológico ao luto não reconhecido. São Paulo: Summus; 2015. 264 p.

Doka K., J. Disenfranchised. grief: recognizing hidden sorrow. New York: Lexington Books, 1989. Cap. 1, p. 3–11.

Oliveira D., Franco MHP. Luto por perda de animal. In: Gabriela Casellato (Org.). O resgate da empatia: suporte psicológico ao luto não reconhecido. 1ª. ed. São Paulo: Summus; 2015. p. 91-109.

Parkes CM. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. Tradução: Maria Helena Franco Bromberg. São Paulo: Summus; 1998. 291 p.

Ross CB, Baron-Sorensen J. Pet Loss and Human Emotion: a guide to recovery. 2nd ed. New York: Routledge; 2007. p. 1–30.

Zawistowski S. Companion animals in society. Canada: Thompson Delmar Learning; 2008. Cap. 9. p. 206-223.

36 comentários sobre “Estou de luto: Meu animal de estimação morreu

  1. Parabéns Nazaré pelo texto! Sinto o meu coração mais confortável depois de ler as suas palavras acalentadoras.
    Muito obrigada pelo respeito e carinho que você dedicou à dor que permanece no coração daqueles que perderam os seus preciosos companheiros.

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  2. Eu perdi meus 2 cachorros ano passado, ainda está sendo muito triste, no fundo só queria saber se eles estão bem no céu ou qualquer outro plano de vida. Acho que essa dúvida causa muito sofrimento, já basta a bíblia dizer que os animais não tem o “sopro” de deus, etc, sem querer entrar na questão religiosa.

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    • A bíblia está longe de ser a palavra de uma divindade, esse livro não merece credibilidade.Só o que posso dizer é que se existe uma divindade, seja qual ela for com certeza ele reservou um lugar especial para esses anjos de quatro patas, não poderia ser diferente disso.

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  3. Olá Nazaré, lindo texto!
    Amanhã completará 8 anos que meu Rominho(bulldog inglês) partiu . Teve linfoma e partiu 15dias depois que descobri a doença, com qse 6 anos. Meu primeiro cachorro e naquela época, mesmo não fazendo tanto tempo assim senti muita dificuldade de compartilhar ou dividir a minha dor pois realmente me senti num luto não permitido.
    Meses depois chegou o Bernardo, meu segundo bulldog ingles. Bernardo partiu quase 5 anos depois do Rômulo, ambos no mês de Abril, Rômulo no dia 13 e Bernardo no dia 20. Bernardo sempre deve problemas respiratórios mas não estava doente. Na noite anterior dormiu como um anjinho e no dia seguinte partiu vítima de pneumonia aspirativa.
    Meu luto dura até hoje!! Em ambos os casos emagreci quase 4kg em pouquíssimos dias pois comer e tomar água só se fazia com muito sacrifício.
    Quem se atreve dizer que isso não é um luto??!!
    Hoje em dia existem grupos nas redes sociais e lá me sinto muito a vontade em dividir minhas dores, coisa que não tive quando meu primeiro bulldog partiu.
    Hoje tenho a Bianca com 2 anos e digo que nenhum amor se substitui. São amores diferentes. Mesmo com a Bianca aqui do meu lado, todo ano quando chega o mês de ABRIL sinto meu coração apertado e aflora muito mais lembranças dos meus filhos que já partiram.
    Só de pensar que a Bianca também um dia partirá … que Deus me ampare… e proteja muito minha Bianca para que tenha uma vida longa e feliz♡

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  4. orei o texto, realmente sinto tudo o que li, perdi minha cachorrinha puppy com 12 aninhos (york) 10/05/2015 com doença renal; Fiz tudo o que pude, mas sempre acho que poderia ter feito algo mais, fico lembrando de detalhes das consultas, medicamentos que foram mudados e sempre penso…poderia ter feito isso ou nao ter feito aquilo..e me dói nao estar no hosp vet qdo ela se foi, td o que eu prometia pra ela éra que mamae cuida de vc, mamae ta aqui..e eu nao estava….mas ajudou muito saber que isso é normal sentir!
    Obrigada!

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  5. Parabéns pela sua tese, sou psicóloga e amo meus bichinhos , recente perdi um que resgatei muito ferido, cuidei ,acolhi e depois de 6 meses já bem , acidentalmente o cachorro pastor matou meu gatinho Falabela 🙏

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  6. Olá Nazaré Obrigada pela indicação do texto realmente é um processo tão doloroso quanto a perda de um ente querido . No meu caso tive total apoio daqueles que me rodeiam, pois todos partilhavam no dia-a-dia o sentimentos e vinculos que nos uniam ( familiar, social , profissional). Sou acolhida, respeitada e “entendida” na dor e tristeza que vira mexe cutucam a casquinha da saudade e ausência. Serena foi a 6a. das minhas filhinha peludas, duas delas tive q decidir pela eutanásia, e cada um foi um processo de luto doloroso mas sempre acolhido e entendido e sou grata por isso. Parabens pela delicadeza e respeito com o quais abordou o assunto, e obrigada pelo carinho da indicação.

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  7. Eu agradeço pelo texto oferecido. Minha cadelinha acabou de morrer num acidente aqui em casa. Eu a amava e a amo muito e estou como que sem chão diante da perda. Minha esposa e eu, choramos a cada minuto, ao lembrarmos dessa querida companheira. A morte dela nos deixou um vazio enorme e e minha esposa nos sentimos em pleno luto. Estamos desorientados. Fiz o enterro dela, aqui no nosso quintal e fizemos algumas preces por ela. Esse é meu desabafo. Obrigado pelo texto.

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  8. Obrigada Nazaré pelo seu trabalho…Hoje senti uma enxurrada de sentimentos pela lembrança da perda de gatinhos que conhecia apenas das redes sociais e que me senti de luto com sua partida. Ainda não passei pelo processo de perda de um filho de pelinhos (assim é meu filho Simba, um persa), mas me senti perto de amigos com “essa vergonha” por sofrer por um animalzinho que nem era meu. Tive e tenho apoio do meu filho e das redes sociais….e seu texto me trouxe um alívio no meu coração de que posso sim chorar o quanto eu quiser (como agora!), porque dói. Dói a saudade do Floquildinho, do Salem, do Nono, da Nicinha….

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  12. Perdemos a Pepe no sábado dia 20/08/2016 aos 14 anos, ela estava com doença renal e igual a moça que escreveu acima, eu também senti culpa de não ter descoberto antes, de não ter tratado , SE, SE,SE.. mas se não irá fazer o tempo voltar e minha companheira de volta, sofro muito , choro e sinto muita tristeza por ver meus Pais sofrerem. Agradeço à Deus por ter conhecido essa forma de amor com uma cachorrinha tão especial, Pepe é a estrela de nossa vida, ter encontrado esse ser de luz trouxe somente benefícios, hoje só dói , mas não posso deixar de amar esses bebezinhos peludos.
    Pepe foi feliz disso tenho certeza absoluta, meu Pai lutou até balão de oxigênio ele conseguiu em um hospital , nossa todos queríamos muito que ela ficasse , mas o amor falou mais alto e ela se foi , foi descansar.
    Quer deixar meu relato de felicidade por 14 anos e por uma vida inteira.

    Pepe meu amor , obrigada publicamente por fazer parte de minha vida.

    Te amo

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  13. Boa tarde!!! Ontem perdi minha menina de 4 patas e hoje fui ao veterinário para q eles cuidem do corpinho dela. Eu nunca havia perdido um animal,e confesso pra vc q a dor é tão imensa q tudo q eu quero é ir também para cuidar dela onde ela estiver…Estou arrasada,parte de mim morreu. 😦

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  14. BOA TARDE!!! EM MAIO DE 2016, APARECEU UM PINSHER NA PORTA DA MINHA CASA PEDINDO CARINHO E COMIDA. COMECEI A ALIMENTÁ-LO ALI MESMO, ATÉ QUE O COLOQUEI PRA DENTRO, (NÃO PODIA SER DIFERENTE, VISTO QUE PASSAVA FRIO E FOME).TÃO POUCO JÁ ESTAVA DORMINDO NO SOFÁ. CHEGOU MAGRO E ESTAVA LINDO. POR ISSO COLOQUEI O NOME DE MAGRELO. CARINHOSAMENTE O CHAMAVA DE “GUEGUELO”. ELE NÃO DEVIA TER UM ANO.
    AMAVA ESTAR PERTO DAS PESSOAS…. AMAVA TRAZER QUALQUER PAUZINHO NA BOCA PARA BRINCAR DE JOGAR LONGE E ELE TRAZER DE VOLTA….AMAVA ACOMPANHAR AS PESSOAS QUE MORAVAM AQUI PERTO ATÉ AS SUAS CASAS….. AMAVA TOMAR SOL COMIGO (CRUZAVA AS PATINHAS E ATÉ FECHAVA OS OLHINHOS)…. NO DIA 27-11-2016 ELE FOI ATROPELADO NA PORTA DE CASA, POIS TINHA A MANIA DE CORRER ATRÁS DOS CARROS…. MORREU NA HORA, NÃO PUDE FAZER NADA. ESTOU EM LUTO, SÓ SEI CHORAR…. PRA ONDE EU OLHO, SINTO A FALTA DELE. SE ALGUÉM SOUBER DE ALGUMA AJUDA PSICOLÓGIA, SERÁ BEM VINDA. MORO DE BELO HORIZONTE.

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  15. Eu adoro cachorros, sempre adorei. Me mudei de cidade com meu noivo e estamos morando sozinhos, então sempre senti muita falta de um cachorrinho.
    No início do mês abandonaram uma caixa com uma cachorrinha filhote extremamente linda na porta da casa do meu irmão.
    Quando eu e meu noivo a vimos nos apaixonamos na hora, ela era perfeita pra gente, meiga, carinhosa, calminha do jeitinho que a gente sempre quis!
    Como a gente ia passar o Natal na minha vó em outro estado, decidimos deixar ela na casa dos meus pais até voltamos de viagem.
    Estávamos super felizes, fizemos mil planos com ela, organizamos tudo pra trazer ela, demos vacina, banho, vermífugo, compramos brinquedos etc, mas faltando 3 dias pra gente finalmente levar ela pra casa meu pai me avisa que ela amanheceu muito doente, correram com ela pro vet, o vet disse que tinha algo obstruindo o intestino dela e que tinha que operar, fizeram a cirurgia mas ela não aguentou. 😦
    Agora não consigo me conformar, eu sei que cachorros morrem, já perdi outros ao longo da vida, sei que filhotes são frágeis mas dessa vez não faz sentido!!
    Parecia que ela tinha sido enviada pra gente, pra ser a nossa cachorrinha! Podiam ter deixado a caixa em qualquer lugar mas deixaram justo na porta da casa do meu irmão. Eu sinto como se o universo ou sei lá o quê estivesse curtindo com a nossa cara, brincando com os nossos sentimentos. Eu sempre achei que as coisas acontecem por uma razão mas dessa vez não consigo ver razão nenhuma! Por que ela apareceu assim pra ser tirada da gente tão rápido?! não tem sentido!!!

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  16. Bom dia!
    Lendo o texto e os comentários de alguns abaixo, meu coração começou a sangrar de dor, tristeza e saudades da minha Fadinha, uma gata pretinha, de rabinho rabicó. Linda, dócil, era o mascote da casa.
    A mãe deu 5 filhotes, todas fêmeas, uma foi doada, infelizmente não temos mais contato com a doadora que se mudou, e ficamos com as demais, cuidando como filhos, mas sexta feira, dia 31/05/2018 ela saiu de casa á tarde e não voltou, quando foi ontem dia 04, segunda, eu recebi um telefonema, dizendo que uns rapazes encontrou uma gatinha rabicó em um terreno baldio, e eles a enterraram pois estão em obras no terreno. O mais triste disso tudo, é saber que uma protetora de animais, viu os cães latindo em volta dela que estava em cima de um trator, e ela ao invés de nos chamar, ou ir lá acudir a gatinha, espantar os cachorros, não, ela simplesmente entrou, fechou a porta e deixou minha gatinha lá pra ser morta pelos cães.
    A dor é imensa que avassala a alma e o coração, me sinto vulnerável, inconsolável e desamparado neste momento.
    Apenas crendo que Deus permitiu e tem seus propósitos.
    Mas me dói ao saber que ela poderia ter sido salva.

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  17. Olá.
    Dia 31/05 faz 2 anos que perdi o meu pequeno, “Boris”, morreu de insuficiência renal, ele tinha já 15 anos. Não estava preparada para perde-lo. Tivemos que fazer eutanásia, não consigo ainda me livrar da culpa de ter feito, sem contar a saudade que ainda sinto dele, todos os dias. Mas aos poucos vou tentando e aceitando entender o que aconteceu. Ele foi uns pequenos presentes que Deus mandou para nós.
    Obrigada pelo texto, ajudou a amenizar um pouco a culpa.

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  18. Pingback: Nossa cachorrinha morreu, e agora? Como lidar com a morte de um animal de estimação – EU, A PATROA E AS CRIANÇAS

  19. Vivi a dor do luto quando mataram minha gatinha envenenada, o nome dela era Laila. Precisei de um pouco mais de 10 anos para me sentir aberta a amar outro animal. Em 2019 adotei uma gatinha que também dei o nome de Laila, e graças ao respeito que tive ao meu próprio luto, hoje consigo dar amor incondicional a ela e sem fazer comparações. Falar sobre esse tipo de luto é super importante, porque realmente ninguém o respeita e entende como sendo um luto verdadeiro. Cada um tem seu tempo e precisa entender-se e respeitar-se.

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